sábado, 11 de dezembro de 2010

Luz na Escuridão


Mater os olhos fixos, neste fecho de luz
Sensação estranha, olhos cirrados...
Imagino o vergão da pele, sensação gostosa...
A pele dela que era lisa, sedosa.

Sinto o cheiro do escuro, odor negro
E o fecho de luz, traz novos sentidos...
Coisa boa, pensamentos gostosos...
Aquele pedaço da minha lembrança, vive.

Começo a tatear os espaços vazios
Ao passar pelo fecho de luz...
Sinto o calor na minha pele...
Sinto vida no meu corpo, renascendo.

Caminho na direção da luz, devagar
Com cuidado, sinto confiança...
Volto a respirar, mais fundo...
No pulmão sinto força, vivendo.

Punhos fechados, imaginando o imaginável.
Mais passos, sito a força da luz.
Força estranha, me atrai...
Acelero os passos e descubro, vida.

Desejos se fazem, novamente
Cria uma nova sensação, gostosa...
Vontade de apertar, arranhar...
Vontade de te ter, possuir.